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A luta contra o tabaco continua

O dia 31 de maio marca o Dia Mundial Sem Tabaco, data criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para alertar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo.

O consumo de tabaco mata aproximadamente de 6 milhões de pessoas a cada ano, um número que, segundo as previsões, irá aumentar para mais de 8 milhões de mortes por ano até 2030, caso as medidas de controle não sejam intensificadas.

A OMS reconhece o tabagismo como uma doença crônica, epidêmica. Trata-se de uma doença que causa dependência física, psicológica e comportamental semelhante ao que ocorre com o uso de outras drogas, como álcool, cocaína e heroína. A dependência ocorre pela presença de uma substância psicoativa – a nicotina – nos produtos à base de tabaco.

Ao todo, são 5.315 substâncias (cerca de 4,7 mil nocivas) na fumaça do cigarro. O número pode chegar a 8.622 se também forem considerados os compostos presentes na folha do tabaco e os aditivos industriais. Eles são inseridos artificialmente para turbinar o cigarro em vários aspectos, como dar sabor e aroma mentolados ao fumo, diminuir a irritação (tornando a fumaça mais palatável) e potencializar os efeitos da nicotina.

Fumar é prejudicial a qualquer pessoa, independentemente do sexo, da idade, da raça, da cultura e da educação. Esse consumo provoca sofrimento, doença e morte, empobrece famílias e enfraquece economias nacionais. Obriga também a aumentar os gastos com a saúde pública e gera uma redução na produtividade, promovendo custos substanciais para a economia dos países. Além disso, o consumo de tabaco agrava as desigualdades e a pobreza, por exemplo, as pessoas mais pobres acabam gastando menos em necessidades básicas como alimentação, educação e cuidados de saúde.

O tabagismo é hoje a principal causa de morte evitável, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa doença afeta também as pessoas que não fumam, mas que convivem com fumantes, principalmente as crianças que são as maiores vítimas. Fumar durante a gravidez traz sérios riscos para a saúde da mulher e do feto. Abortos espontâneos, nascimentos prematuros, bebês de baixo peso, mortes fetais e de recém-nascidos, complicações com a placenta e sangramento, ocorrem mais frequentemente quando a grávida fuma.

As crianças fumantes passivas apresentam uma grande chance de contrair problemas respiratórios (bronquite, pneumonia, bronquiolite) em relação àquelas cujos familiares não fumam. Além disso, quanto maior o número de fumantes no domicílio, maior o percentual de infecções respiratórias nas crianças que vivem com fumantes.

Além de estar associado às doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo também é um fator importante de risco para o desenvolvimento de outras doenças, tais como: hipertensão arterial, tuberculose, infecções respiratórias, úlcera gastrintestinal, impotência sexual em homens, infertilidade em mulheres e homens, osteoporose, catarata etc.

Busque a ajuda de um médico caso você não consiga se livrar do vício sozinho. Atualmente existem diversos modelos de tratamento para os fumantes que desejam findar o vínculo com o tabagismo. A sua saúde e a da sua família é o mais importante!

 

Fontes:
– https://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/0e7d06804151e4919e7efec6d1aa65ee/manual_2017.pdf?MOD=AJPERES&CACHEID=0e7d06804151e4919e7efec6d1aa65ee
– https://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/acoes_programas/site/home/nobrasil/programa-nacional-controle-tabagismo/criancas-adolescentes-jovens
– https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2017/05/luta-contra-o-fumo-em-pauta.html